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Mostrando postagens de janeiro, 2020

Tropas e população abandonam Miranda

Salobra, primeiro destino dos fugitivos de Miranda Ofício do tenente-coronel Dias da Silva, comandante do quartel de Miranda, por ocasião da invasão do Brasil por forças paraguaias, em 31 de janeiro de 1865, descreve a fuga atabalhoada dos brasileiros para Salobra, Coxim e Santana do Paranaíba, antes da chegada do inimigo: ...e constando-me que o inimigo se achava já a poucas léguas de marcha para a vila. De modo a não dar lugar a delonga alguma, retirei-me com a pequena força do Batalhão de Caçadores, mandando antes ordem para a Salobra (...) para de lá seguir o corpo e algumas praças com direção à estrada da fazenda do Daboco (aliás Taboco) a encontrar-se comigo. Sendo forçado a abandonar os arquivos e bagagens dos corpos por falta absoluta de condução para tudo; o que tem ocasionado a maior penúria e toda sorte de privações por se haver retirado toda a força com a roupa do corpo e a maior parte dos oficiais a pé com suas famílias. Mais adiante, o oficial brasileiro last...

Chegam a Corumbá os primeiros navios brasileiros

      Restabelecida a navegação do Rio Paraguai, com a ocupação de Assunção pelas forças aliadas em 5 de janeiro de 1869, chega a Corumbá, com destino à Cuiabá, a primeira frota brasileira, composta das seguintes embarcações: Henrique Martins, Fernando Vieira, Henrique Dias, Felipe Camarão e Ivay. A frota deixou a capital paraguaia em 15 de janeiro, sob o comando do 1° tenente Manoel José Alves Barbosa. Em Corumbá foi recebido pelo tenente-coronel Antonio Maria Coelho, comandante do distrito militar. Os detalhes estão no relatório do tenente aos seus superiores: "Janeiro 25 - Às 5 horas da manhã suspenderam os navios. A 1 hora da tarde passaram em frente da vila de Albuquerque. Em um rancho que aí existe no porto, e onde, como depois constou-nos, deviam achar-se algumas praças pertencentes ao destacamento de Corumbá, nem uma só pessoa foi vista. O inesperado aparecimento dos vapores, antes que houvesse tempo de reconh...

Rumo à Bela Vista força chega a Nioaque

Nioaque antiga. Uma cidade com as marcas da guerra De Miranda onde estavam acampadas desde o início do ano anterior, as tropas brasileiras de reocupação da fronteira chegam a Nioaque em ruínas, em 24 de janeiro de 1867, sob o comando do coronel Camisão. A chegada e os primeiros dias na vila são detalhados pelo tenente Taunay, do corpo de engenharia: Ali chegamos às 11 horas de 24 de janeiro de 1867, acampando, em ordem de batalha, com a direita encostada à margem direita de Nioac; e a esquerda à mata de Orumbeva. Instalaram-se o quartel general e o trem à retaguarda, no local da vila, ocupando o hospital as pequenas casas salvas do fogo e um grande galpão que às pressas se construiu. Serviu a nave da igreja – de onde se retirara tudo quanto ainda havia de símbolos do culto – de depósito ao cartuchame e a todas as munições. Ergueram-se, de todos os lados, ranchos de palha, gurbis como lhes chamam na Argélia, e, dentro em pouco, oficiais e soldados ali se acharam tão bem insta...

Coluna Prestes invade Paranaíba

Rebeldes da Coluna Prestes, à frente Siqueira Campos, ocupam em 17 de janeiro de 1927,  a vila de Santana do Paranaíba, em sua passagem para Goiás e estados do Nordeste. A notícia de Paranaíba e das ações dos revoltosos na fazenda Pantano, nas proximidades de Três Lagoas é publicada na Gazeta do Comércio, semanário treslagoense:    FONTE : Gazeta do Comércio (Três Lagoas), 23 de janeiro de 1927.  

Morre Leão Neto do Carmo

Leão Neto do Carmo, o primeiro presidente Nascido em Uberaba (MG), em 7 de março de 1932, faleceu em Campo Grande, em 15 de janeiro de 1991, o desembargador Leão Neto do Carmo, primeiro presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Formou-se na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Iniciou a advocacia em Cuiabá, onde foi professor universitário. Em 1960 foi nomeado juiz substituto para a comarca de Corumbá. Em 1961 ingressou na magistratura por concurso, sendo designado para a comarca de Miranda, sendo promovido três anos depois para a comarca de Campo Grande. Em 1966 é nomeado desembargador. No Tribunal de Justiça de Mato Grosso chegou à presidência (1968). Em 1977, com a divisão do Estado, faz opção por Mato Grosso do Sul e torna-se o primeiro presidente do Tribunal de Justiça que teve a seguinte composição: Jesus de Oliveira Sobrinho, Sergio Martins Sobrinho (vindos de Cuiabá) e Rui Garcia Dias. Uma das ruas do Parque dos Poderes e o edifício do Tribunal de Justiça...

Cuiabá previne-se contra invasão

Em 13 de janeiro de 1865, o brigadeiro Alexandre Manoel Albino de Carvalho, presidente da província, manda guarnecer a colina de Melgaço, à margem esquerda do rio Cuiabá, a jusante do porto desta capital cerca de 25 léguas. O comando da guarnição coube ao tenente-coronel Hermenegildo de Porto Carreiro, ex-comandante de Forte Coimbra, que ao deixar o porto de Cuiabá, proferiu as seguintes palavras de incitamento às tropas: Soldados da expedição! O presidente vos acena o futuro e vos mostra uma página dourada, para nela ser registrada a vossa dedicação. A Pátria exige de vós, que deixeis tudo quanto tendes de mais caro sobre a terra, mas que não desampareis o que é mais caro que tudo - vossa mãe, vossa pátria. Essa página dourada de que vos falei terá a inscrição seguinte: "A força expedicionária ao sul da cidade de Cuiabá salvou a Pátria", mostrando-se disposta a opor-se ao mundo, se o mundo se opuser à sua glória, entoando com o entusiasmo dos bravos. Viva o Imperador! ...

Forças inimigas invadem Miranda

    As colunas de Martin Urbieta e de Francisco Resquin (foto), responsáveis pela invasão do Brasil, por terra, agora juntas, sob o comando de Resquin, ocupam 12 de janeiro de 1865,  a vila abandonada de Miranda. A tática da ocupação e as condições do povoado são detalhadas pelo comandante em parte aos seus superiores em Assunção: Viva a República do Paraguai! Sr. Ministro. Como tive a honra de comunicar à V. Exª em minha última parte, empreendi minha marcha a curtas jornadas  chegando a esta vila em 7 dias e meio de Nioaque. No dia 12 fiz alto no riacho Vilasboas, uma légua da vila de Miranda, de onde despachei um esquadrão ao mando do capitão cidadão Romualdo Canteros, com o fim de explorar a disposição  da vila, e com ordem de dar-me parte se a encontrasse com tropas em atitude de defesa, ou de ocupa-la em caso contrário segundo anunciavam pombeiros. O resultado da exploração foi encontrar-se a vila abandonada. Em vista disso...

Intervenção federal em Mato Grosso

Com o fim da  Caetanada , como ficou conhecido o movimento armado entre a oposição e o governo do presidente Caetano de Albuquerque, a renúncia deste e de todos os deputados estaduais, o presidente da República, Wenceslau Braz, decreta em 10 de janeiro de 1917, intervenção no Estado e nomeia interinamente para interventor o bacharel Camilo Soares de Moura Filho (foto). A medida vigorou até o ano seguinte quando, por consenso de todos os partidos, é eleito como candidato único, o bispo de Cuiabá, dom Aquino Correia para um governo de conciliação. O decreto de intervenção na íntegra: O Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil: Considerando que o Poder Executivo no Estado de Mato Grosso deve ser exercido por um cidadão com título de Presidente; Considerando que em caso de renúncia deste, assumirá o governo o 1°, 2° ou 3° Vice-Presidente, e se os três houverem também renunciado, serão sucessivamente chamados ao Governo do Estado o presidente da ...

Mato Grosso elege primeiro governador

Arnaldo Estevão de Figueiredo O Estado de Mato Grosso escolhe em 9 de janeiro de 1947, o seu primeiro governador e deputados estaduais depois da queda do Estado Novo. Concorreram os seguintes partidos: União Democrática Nacional, Partido Social Democrático, Partido Trabalhista Brasileiro, Partido Republicano e Partido Comunista do Brasil. Venceu a aliança PSD-PTB, com Arnaldo Estevão de Figueiredo, governador e Filinto Muller, senador.  Para a  Assembl e ia Estadual Constituinte  elegeram-se  os seguintes deputados: Adjalmo Saldanha, André Melchiades de Barros, Antonio Mena Gonçalves, Antonio Ribeiro de Arruda, Audelino Francisco da Costa Sobrinho, Benedito Vaz de Figueiredo, Clovis Hugueney, Gervásio Leite, Guilherme Vitorino, Italívio Coelho, José Gomes, José Cerveira, José Gomes Pedroso, José Gonçalves de Oliveira, José Henrique Hanstenreiter, José Manoel Fontanilhas Fragelli, Lenine Povoas, Licínio Monteiro da Silva, Lício Proença Borralho, Luiz Ale...

Rondón gradua-se em engenharia militar

O alferes Cândido Mariano da Silva Rondon recebe da Escola Militar do Rio de Janeiro em 8 de janeiro de 1890,o título de engenheiro militar e o diploma de bacharel em Matemática e Ciências Físicas e Naturais. 55 dias antes, por influência e sob as ordens de seu superior Benjamin Constant, participou da proclamação de República como estafeta do exército. Órfão de pai (que não chegou a conhecer) e mãe (falecida dois anos e meio depois de seu nascimento) aos sete anos, em 1873, deixou Mimoso e mudou-se para Cuiabá, onde passou a ser criado por seu tio, Manoel Rodrigues da Silva. Iniciou seus estudos no mesmo ano, na escola particular de Mestre Cruz. No ano seguinte matriculou-se na escola pública do professor João Batista de Albuquerque. Completou o curso primário na escola do professor Francisco Ribeiro da Costa, mestre Chico, em 1878. Em 1881, aos 16 anos, conclui o curso de professor no Liceu Cuiabano e foi nomeado para o cargo. Em 26 de novembro de 1881 sentou praça como sold...

Cólera avassala Corumbá

Relatório de 7 de janeiro de 1887, do presidente da Câmara Municipal, Antônio Antunes Galvão, aos demais vereadores, aponta a principal causa da cólera que ataca a população da cidade e revela números da tragédia : “Há muito a nossa cidade precisa de saneamento que não se tem podido realizar. Pelo obituário comparado ao Rio de Janeiro, cidade taxada de pestilenta, vê-se que aqui morre sempre 8 a 10 vezes mais que naquela cidade”. A propósito, a historiadora Lucia Salsa Correa, observa: No período de 1867, ocasião da retomada de Corumbá, até o ano de 1920 a cidade padeceu com o surgimento de 34 epidêmicos, dos quais a Varíola foi a mais frequente, malgrado as campanhas e os esforços quase sempre infrutíferos das autoridades municipais. A desastrosa epidemia de cólera em Corumbá (1886/1887), por exemplo, conforme detalhados relatórios do então presidente da Câmara Municipal, provocou uma profunda crise em todos os setores da cidade, desenvolvendo-se de forma avas...

Rondon defende índios em Bela Vista

A passagem do jovem major  Cândido  Rondon pela localidade de Nunca-Te-Vi, por ocasião da ligação do  serviço telegráfico em Bela Vista,  é assinalada por acontecimento de 6 de janeiro de 1905, que marca o perfil justiceiro e pacificador do célebre sertanista: Curioso episódio se passou aí, quando estávamos em serviço na fronteira, nas proximidades de Nunca Te Vi. Em território brasileiro embora, era a população de Nunca Te Vi paraguaia – guaranis industriosos que desenvolviam suas lavouras, vivendo pacatamente. Foi quando revolucionários, expulsos do Rio Grande do Sul e que, vindos pela fronteira em busca de local onde se estabelecessem, deram com Nunca Te Vi. A pretexto de que não eram brasileiros, expulsaram os pobres guaranis de suas terras. Vieram eles procurar-me e eu consegui que o Presidente do Estado lhes reconhecesse e mantivesse a posse. Munido dessas credenciais, pude convencer os invasores de que se deveriam retirar pacificamente. FONTE ...

Roosevelt em Cáceres

Tendo deixado Corumbá na noite de Natal chega a Cáceres a 5 de janeiro de 1913, a expedição Roosevelt-Rondon, que se destina à Amazônia Matogrossense. A chegada e permanência da comitiva na cidade, ganhou uma página no diário do ex-presidente norte-americano: Na tarde do dia 5 alcançamos a linda e antiquada cidadezinha de São Luiz de Cáceres, nos confins da região habitada do Estado de Mato Grosso, e última cidade que veríamos antes de alcançarmos as povoações do Amazonas. Nas suas proximidades passamos por uma lavadeira preta e seminua nas margens do rio. Os homens, com a banda de música local, estavam agrupados no começo da ladeira íngreme da rua principal, onde o vapor atracou. Grupos de senhoras e moças claras e trigueiras olhavam-nos do mirante, seus vestidos e corpetes eram vermelhos, azuis, verdes, de todas as cores...Sigg, que nos havia precedido com a maior parte da bagagem, veio ao nosso encontro com uma lancha de motor improvisada - uma espécie de chalana a qu...