Pular para o conteúdo principal

Inaugurada a estrada de ferro


Primeira estação ferroviária de Campo Grande
Tida como uma das datas mais importantes da história de Mato Grosso, no que toca ao seu desenvolvimento econômico, sobretudo nesta região que em 1977 passaria a constituir o território de Mato Grosso do Sul, é, oficialmente entregue a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, cujos trilhos foram ligados a 31 de agosto, completando a obra, com o encontro das duas frentes de trabalho, de Itapura e Porto Esperança. 

O trem inaugural chegou a Campo Grande por volta das 10 horas:

A fim de recepcionar a comitiva oficial que precedia à solenidade inaugural, o intendente municipal, sr. José Santiago, foi a Rio Pardo, acompanhado dos srs. dr. Silva Coelho, juiz de direito, José Paes de Faria, Pedro Romualdo e Miguel Garcia. Aquela ilustre comitiva compunha-se do dr. Carlos Euler, representante do sr. ministro da Viação, coronel José Beviláqua, representando o ministro da Guerra, senador Antônio Azeredo, general Caetano Albuquerque, deputado A. de Mavignier, drs. Firmo Dutra, Emílio Amarante, Hilário Adrião e os jornalistas C.S. Rutlindg do Times, Dário de Mendonça do Jornal do Comércio, do Rio, Macedo Soares de O Imparcial e Sílvio Cardoso, de a Época, além de outras pessoas gradas e convidados.


A Câmara municipal, reunida em sessão solene, recepcionou os visitantes, sendo os representantes do governo saudados pelo juiz de direito dr. Manoel Pereira da Silva Coelho. O senador Antônio Azeredo agradeceu em nome do governo e dos visitantes.

A ferrovia foi desativada em 10 de junho de 2015.

FONTEJ. Barbosa Rodrigues, História de Campo Grande, Edição do autor, Campo Grande, 1980, página 129

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Ataque ao forte Coimbra

Em 27 de dezembro de 1864, sob o comando coronel Vicente Barrios, as forças de invasão de Solano Lopez, protegidas por denso nevoeiro, se aproximam da fortificação brasileira no rio Paraguai e somente “quando a fumaça das chaminés dos navios foi avistada pelas sentinelas, Coimbra tomou conhecimento do avanço paraguaio”. A frota de Barrios, segundo Carlos Francisco Moura, “capitaneada pelo Igurey, era formada por 5 vapores e 5 grandes embarcações a reboque e totalizava 39 canhões de bordo. Vieram a reboque também balsas-curral com gado para o abastecimento da tropa e cavalos. As tropas de combate formavam 4 batalhões, num total de 3.200 homens. Traziam também 12 peças de campanha”. As forças de Coimbra, ainda conforme o mesmo autor, a “artilharia era constituída de 31 canhões velhos, dos quais apenas 11 estavam em condições de atirar, mas como o número de artilheiros era insuficiente, só 5 podiam ser manejados. Ao amanhecer, o comandante brasileiro recebe o seguinte ulti...

A morte do barão de Antonina

  Morre em 18 de março de 1875, aos 93 anos em São Paulo, João da Silva Machado, o barão de Antonina. Um dos fundadores do Estado do Paraná e senador por esse Estado desde 1854, seu falecimento provocou o maior pendenga jurídica, visando seu riquíssimo virtual espólio fundiário, que abrangia praticamente todo o Sul de Mato Grosso: seus herdeiros contra o Estado. Estes de posse de escrituras, declarações ou de qualquer prova tentando reaver propriedades das quais seu antigo suposto dono em verdade as requereu, mas nunca tomou posse, e o Estado, no governo de Pedro Celestino, atendendo o interesse público e o direito dos atuais proprietários. A questão Antonina teria desfecho apenas 25 anos depois com a derrota dos herdeiros do barão na justiça.  FONTE : J. Barbosa Rodrigues, História de Mato Grosso do Sul , Editora do Escritor, São Paulo, 1985, página 100. Para conhecer outros fatos históricos do dia CLIQUE AQUI!

Tomada da fazenda Machorra

Na guerra do Paraguai, a força expedicionária brasileira, em ação no Sul de Mato Grosso, toma do exército inimigo em 20 de abril de 1867, a sede da fazenda Machorra, localizada em território brasileiro, à margem direita do rio Apa, em sua marcha com destino à ocupação da fazenda Laguna em território paraguaio. O relato é do próprio comandante das tropas brasileiras, coronel Camisão, na seguinte ordem do dia: Tenho a honra e orgulho de participar a V.Ex. que no dia 20 do corrente à frente da briosa coorte de soldados que comando, transpus o rio Apa, ocupando o forte de Bela Vista, cujas casas e edifícios os paraguaios com a nossa chegada trataram de incendiar, havendo destruído todas as suas plantações e lançado no rio muitos objetos que estão sendo retirados. Saindo da colônia de Miranda no dia 15, e levando comigo os fugitivos que ali se tinham apresentado vindos do Paraguai, com três dias de marcha cheguei ao rio Apa, acampando no lugar de uma antiga casa denominada por...