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Mostrando postagens de julho, 2018

Assassinado prefeito de Ponta Porã

Modesto Dauzacker e sua esposa Lola, em foto de 1932, no Campanário Foi morto a tiro, em 30 de julho de 1934, o coronel Modesto Dauzacker, prefeito de Ponta Porã, a maior e mais importante cidade da fronteira Brasil-Paraguai. A ocorrência está sintetizada em telegrama do interventor federal do Estado ao presidente Getúlio Vargas: Ontem, pela manhã, quando se dirigia prefeitura municipal, em uma rua de Ponta Porá foi brutalmente assassinado nosso valoroso amigo coronel Modesto Dauzacker, prefeito daquele município. Criminoso preso flagrante não se sabendo até agora verdadeiro móvel delito. Levando tal fato conhecimento V. Exa. exprimo meu grande pesar pela perda irreparável tão dedicado auxiliar esta Interventoria. O assassínio do prefeito teve repercussão nacional, conforme nota no Diário de Notícias (RJ), em sua edição de 22 de julho de 1934: "Cuiabá, 14 de julho - (Do correspondente, por via aérea) - A 30 de junho último foi assassinado o prefeito de Ponta Porá, coronel Mod...

Lopes deporta homens de Corumbá para o Paraguai

Charge do presidente paraguaio Francisco Solano Lopes, publicada durante a guerra Ocupada ao final de 1864 por tropas paraguaias, no início da guerra da tríplice aliança, em 29 de julho de 1866, o comando militar dos invasores, decide deportar para Assunção todos os homens da vila.  O imigrante italiano Manoel Cavassa, sujeito desta história, ocorrida em Corumbá, faz o seu relato: A 29 de julho de 1866, ao meio dia, chegou de Assunção um vapor paraguaio e as 2 horas da tarde o general mandou reunir no quartel-general todos os homens aqui existentes, sem distinção de nacionalidades, e disse-lhes que tinha recebido ordem do seu Supremo Governo para fazê-los seguir, os homens, todos sem exceção, para Assunção e que deviam todos estarem prontos para o dia da saída do vapor, sob pena de ser passado pelas armas aquele que então não estivesse pronto ou que opusesse obstáculo ao embarque. Permaneciam todos calados; eu, porém, que não queria deixar aqui minha família, disse ao general ...

Estoura a revolução paulista

São Paulo, com o apoio de Campo Grande e as guarnições militares do Sul de Mato Grosso (à exceção de Corumbá e Ladário) inicia em 9 de julho de 1932, a guerra civil brasileira contra o governo provisório de Getúlio Vargas, que chegou ao poder com a revolução de  30. A  revolução paulista, como ficou conhecida, teve o comando militar do general Bertoldo Klinger, às vésperas reformado e substituído do comando da Circunscrição Militar de Mato Grosso, em Campo Grande  pelo coronel Oscar Paiva. O Estado passou a ter dualidade de poder, ao Norte um governo legalista à frente Leônidas Antero de Matos e ao Sul, governo revolucionário, exercido pelo médico Vespasiano Barbosa Martins. O movimento fracassou porque Minas Gerais e Rio Grande do Sul que haviam prometido aderir, na última hora, decidiram apoiar Getúlio Vargas. FONTE : Stanley Hilton,  1932 A guerra civil brasileira , Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1982, página 73. Demosthenes Martins,  História de Mato Gr...

Taunay em Paranaíba

Ruínas do sobrado do major Mello Taques,demolido na década de 30 Em sua viagem de volta ao Rio, depois da célebre retirada da Laguna, Taunay alcança, em 7 de julho de 1867, o vilarejo de Santana do Paranaíba, o último termo de Mato Grosso: Do Leal, passando um corregosinho, caminhamos três léguas em cerrados, cujas árvores, à maneira de graciosos bosquetes, sombreavam agradavelmente o chão. É um pedaço bonito de estrada, e como se pode desejar numa feita pela arte, até a casa de Albino Latta; depois entra-se em campos dobrados até a vila de Santana do Paranaíba, quatro léguas distante do Albino. O aspecto da povoação pareceu-nos sumamente pitoresco, talvez pelo desejo ardente de alcançá-la como o ponto terminal do sertão de Mato Grosso ou como o último laço que nos prendia àquela província, em que tanto havíamos sofrido, talvez pela estação em que chegávamos; na realidade, metidas de permeio às casas, moitas copadas de laranjeiras, coradas de milhares de auríferos pomos, ao...

Mato Grosso adere aos 18 do Forte

A Circunscrição Militar de Mato Grosso, com sede em Campo Grande, adere em 5 de julho de 1922, ao movimento revolucionário, iniciado nessa data com o episódio no Rio de Janeiro, que ficou conhecido como “ 18 do Forte ”. Solidário com os rebeldes cariocas, o comandante da região militar, general Clodoaldo da Fonseca, publica o seguinte manifesto: "Matogrossenses, a situação política angustiosa e aflitiva que há muito vem atravessando a nossa querida pátria, chegou ao termo já previsto: a reação armada na capital federal. Diz-nos a consciência que, com reiterados apelos que fizemos no sentido de se conseguir uma fórmula honrosa e digna, afim de, sem grandes abalos, reivindicar à República os verdadeiros princípios, cumprimos os nossos deveres, firmes nessa resolução que visa, principalmente, evitar a anarquia em nossa pátria. Resolvemos deixar o nosso Estado, ao qual desejo de todo o coração, continue em paz e franca prosperidade, para marcharmos ao en...

Coluna brasileira no Taboco

Ranchos da fazenda Taboco, no Pantanal, desenho de Taunay Em 3 de julho de 1866, sob o comando do tenente-coronel Joaquim Mendes Guimarães a força expedicionária em direção à Miranda, “depois de dez dias de marcha, afinal veio acampar junto ao rio Taboco. Aí determinou a demora até que os mantimentos esperados e que vinham atrasados dessem algum alento aos soldados exaustos depois de tão duros transes e lhes permitissem alguma robustez antes de qualquer determinação. Um dos primeiros lenitivos foi a fartura de gado que vagueia pelos campos do Taboco. Isto e a chegada de recursos pouco a pouco foram minorando o estado mísero que apresentavam as forças, coisa acima de descrição. Homens quase nus, esquálidos, mortos de fome, verdadeira tropa de maltrapilhos”.  Em nota de pé de página,Taunay detalha as agruras da marcha até às margens do Taboco: A força deu verdadeiro atranco. A transposição dos pantanaes foi coisa horrorosa. Caminharam os soldados dias inteiros com água pela cint...