Após a sofrida travessia do Rio Miranda, completada no dia anterior e que durou três dias, a coluna brasileira que se retira da Laguna, chega a Canindé, a três léguas de Nioaque, em 2 de junho de 1867, conforme relatório do major José Tomas Gonçalves, novo comandante das forças:
Esta marcha forçada efetuou-se maravilhosamente, apesar da chuva copiosíssima que caiu durante todo o trajeto, levando então cada corpo os seus doentes. No Canindé achei sinais da passagem dos paraguaios. Carros queimados existiam no caminho, estando o chão coberto de farinha e arroz.
A soldadesca comeu, enfim, apanhando tudo que foi encontrando, depois de 22 dias de cruel fome, durante os quais a ração de simples carne era tão diminuta, que repartiam-se
FONTE: Taunay, A retirada da Laguna, 14a. edição, Edições Melhoramentos, SP, 1942, página 182.
FOTO: cena da retirada da Laguna. Meramente ilustrativa.
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