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Mostrando postagens de abril, 2018

A chegada da coluna Prestes

Sob o comando de João Alberto, a vanguarda dos rebeldes deixa o território paraguaio e começa a ganhar o Sul de Mato Grosso em 30 de abril de 1925. Domingos Meirelles é quem melhor conta esta história: A maior parte da tropa segue desmontada. O aspecto dos soldados e oficiais é andrajoso; estão todos descalços e quase nus, com a barba e os cabelos longos caídos sobre o peito e os ombros. A coluna é seguida por cerca de 50 mulheres, todas de aspecto miserável, que acompanham os gaúchos desde o Rio Grande. Os primeiros combates realizados em Mato Grosso são surpreendentes. A tropa do governo, apesar da superioridade de suas forças, é rapidamente envolvida em Panchita, nas imediações de Ponta Porã, pelos homens de João Alberto. Os gaúchos, que conseguiram bons cavalos na região de Amambai, no sul de Mato Grosso, sentem-se agora retemperados e prontos para enfrentar o inimigo como faziam em seus pagos: atacando-o de surpresa em rápidas e empolgantes cargas de cava...

Iniciada a exploração do Pantanal

Por ordem do governador  Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres, comissão formada pelo capitão engenheiro Ricardo Franco de Almeida Serra e os geógrafos e astrônomos Antonio Pires da Silva Pontes e Francisco José de Lacerda e Almeida deixa Vila Bela da Santíssima Trindade, então capital da capitania de Mato Grosso, com destino ao forte Coimbra e Cuiabá, com a finalidade de mapear e fixar as coordenadas geográficas da região do Pantanal. A missão durou quatro meses e explorou além das grandes lagoas, os rios Paraguai, São Lourenço e Cuiabá e desembocadura de seus afluentes. O início da aventura pantaneira em 30 de abril de 1786, está no Diário da Viagem, de Francisco José de Lacerda e Almeida: ABRIL 30 - Os encarregados desta diligência, que foram o capitão Ricardo Franco de Almeida Serra, o Dr.Antonio Pires da Silva Pontes e eu, partimos de Vila Bela com uma parte da comitiva, em que também ia Manoel Rebelo Leite, porta-estandarte dos Dragões, e almoxarifado das dema...

Taunay dá notícias de Bela Vista

Homenagem a Taunay no quartel de Aquidauana Pouco antes de partir para a fazenda Laguna, onde se daria o primeiro grande confronto com forças paraguaias, do forte Bela Vista, o tenente Taunay manda à sua irmã, no Rio, em 27 de abril de 1867, sua única carta de território paraguaio: “Estamos presentemente destruindo a estacada que constituía este forte. Boas fogueiras ardem ao pé dos grossos paus de aroeira formando uma atmosfera agradável para combater o frio intenso que já se começa a sentir. Diante de nossos postos avançados estão os paraguaios que, conhecendo a nossa falta de cavalaria, observam do alto de uma eminência o incêndio da fortificação que defenderam tão mal. Hoje achou a seguinte resposta a uma intimação que lhes foi dirigida em termos muito delicados:   Al Comandante de la fuerza brasileira – Lãs fuerzas Paraguayas siempre tienen oficiales com quienes hablar: pero em el estado pleno de guerra entre el Imperio y la Republica, solo com la espada em mano pod...

Derrotada a emenda das Diretas Já!

Derrotada na Câmara dos Deputados em 25 de abril de 1984, a emenda do deputado Dante do Oliveira (PMDB/MT) que restabelecia as eleição direta para presidente da República. Da bancada de Mato Grosso votaram a favor os deputados Dante de Oliveira, Gilson de Barros, Márcio Lacerda e Milton Figueiredo (PMDB) e votaram contra os deputados Bento Porto, Ladislau Cristino Cortes e Maçao Tadano (PDS) e de Mato Grosso do Sul votaram a favor os deputados: Albino Coimbra (PDS), Harry Amorim Costa, Plínio Barbosa Martins, Ruben Figueiró (PMDB), Saulo Queiroz ( PDS)  e Sergio Cruz (PMDB). Votou contra o deputado Ubaldo Barém e não compareceu para votar, Levy Dias, ambos do PDS. , FONTE : Congresso Nacional . Para conhecer outros fatos históricos do dia CLIQUE AQUI!

Exercito paraguaio invade Coxim

A vila de Coxim no tempo da guerra em desenho de Taunay No seu apogeu, como entreposto do comércio com os goianos, Coxim interrompe abruptamente seu ciclo de crescimento econômico, com a invasão de Mato Grosso, em 1865 pelo exército do general Solano Lopez. Em 24 de abril de 1865 a cidade foi ocupada por cerca de um ano por forças inimigas, que abandonaram a vila em 1866 com a aproximação da coluna de São Paulo, Minas e Goiás. Conta Ronan Garcia da Silveira que “no momento em que aconteceu aquela invasão, provocando o pânico, ocorreram fugas de moradores, diante da presença dos paraguaios que, ao dominarem a região, estabeleceram o seu quartel general no lugar denominado fazenda São Pedro. Relata a literatura referente ao episódio, que a notícia da invasão foi levada a Cuiabá pelo cidadão Antonio Theodoro de Carvalho, morador na região, que chegou à capital da província no dia 8 de maio de 1866, ou seja, treze meses após a invasão ". ¹ Sobre a localidade depõe Taunay, que...

Ocupação de Bella Vista

Forte de Bela Vista do Paraguai, em esboço de Taunay Na guerra contra o Paraguai, coluna brasileira, que viveria a dramática retirada da Laguna, entra em território inimigo em 21 de abril de 1867, e ocupa o forte de Bella Vista. O relato é do cadete Taunay: No dia seguinte, 21 de abril, às 8 da manhã, deram os clarins do quartel general o toque de marcha: nada menos significativa do que transpormos a fronteira, entrar em território paraguaio e atacar o forte de Bela Vista, que, deste lado, é a chave de toda aquela região. Não havia quem não compreendesse o alcance da operação, redobrando por este motivo a animação geral. Cada um envergava o mais luzido uniforme; e como às nossas antigas bandeiras não prestigiasse ainda feito notável algum, foram substituídas por outras, cujas cores vivas se destacavam no céu formoso das campinas paraguaias. Deixando a Machorra, adotara-se a ordem compacta. Dos dois lados da coluna, e para facilitar o movimento, os atiradores, que a flanqueavam,...

Tomada da fazenda Machorra

Na guerra do Paraguai, a força expedicionária brasileira, em ação no Sul de Mato Grosso, toma do exército inimigo em 20 de abril de 1867, a sede da fazenda Machorra, localizada em território brasileiro, à margem direita do rio Apa, em sua marcha com destino à ocupação da fazenda Laguna em território paraguaio. O relato é do próprio comandante das tropas brasileiras, coronel Camisão, na seguinte ordem do dia: Tenho a honra e orgulho de participar a V.Ex. que no dia 20 do corrente à frente da briosa coorte de soldados que comando, transpus o rio Apa, ocupando o forte de Bela Vista, cujas casas e edifícios os paraguaios com a nossa chegada trataram de incendiar, havendo destruído todas as suas plantações e lançado no rio muitos objetos que estão sendo retirados. Saindo da colônia de Miranda no dia 15, e levando comigo os fugitivos que ali se tinham apresentado vindos do Paraguai, com três dias de marcha cheguei ao rio Apa, acampando no lugar de uma antiga casa denominada por...

Escaramuça

Na vanguarda da coluna brasileira, dois dias após deixar a colônia militar de Miranda rumo ao Apa, o Batalhão 21 de Infantaria, sob o comando do major José Tomás Gonçalves (foto), faz em 19 de abril de 1867, seu primeiro ataque aos paraguaios. Sobre a ação, o comandante do batalhão, fez o seguinte registro: ...pouco distante do acampamento avistamos uma força inimiga, pouco mais ou menos de 60 a 80 cavaleiros, os quais, oferecendo linha de guerrilha, retiraram-se na nossa frente, em vista da marcha que levou o batalhão; ao passar uma pequena ponte que tem no córrego do Taquaruçu, mandei fazer a vanguarda do Batalhão por uma força de dezesseis atiradores comandados pelo alferes de comissão Sinfrônio dos Santos Ribas, a qual tendo passado em seguida do inimigo, que apresentou de novo uma linha de guerrilha na colina em frente do passo, fez-lhe esta uma descarga, do que resultou cair imediatamente um, disparando o cavalo que outros foram pegar, tendo neste ínterim os companhe...

Na fronteira

Primeiro destacamento da força expedicionária brasileira de combatentes ao exército paraguaio, alcança, finalmente, em 17 de abril de 1867, a fronteira Brasil-Paraguai. O momento é descrito por Taunay: Quem comandava este destacamento era um capitão da guarda nacional do Rio Grande do Sul, Delfino Rodrigues de Almeida, mais conhecido pelo apelido paterno de Pisaflores, homem enérgico a cuja bravura todos prestávamos homenagem. Vimo-lo olhar fixamente para o oeste; de repente, partido de diferentes pontos reboou um grito: A fronteira! Da elevação onde se achava o destacamento avistava-se com efeito a mata sombria do Apa, limite das duas nações. Momento solene este, em que entre oficiais e soldados não houve quem pudesse conter a comoção! O aspecto da fronteira que demandávamos a todos surpreendeu. É que realmente era novo. Podiam alguns já tê-la visto, mas com olhos do caçador ou do campeiro, indiferentes. A maior parte dos nossos dela só haviam ouvido vagamente falar; e agora ali ...

Rumo à emboscada

Em direção à fronteira e invasão da república paraguaia, os expedicionários brasileiros deixam a colônia de Miranda às margens do rio Miranda, em 14 de abril de 1867. No dia anterior, o coronel Camisão, comandante da força brasileira, dirige aos seus soldados a seguinte proclamação: Camaradas! Amanhã sairemos para o Apa! Nas margens daquela divisa do território brasileiro flutuará pela primeira vez o Pavilhão Nacional! Seja a sua aparição saudada pelo clamor uníssono dos peitos patriotas, mantida constância e coragem, sustentada pela dignidade do militar. – Os exércitos do Sul alcançando a glória que Deus distribui aos homens inflamados pelo amor da Pátria, traçarão a linha que deveis seguir. – Cercando a bandeira, emblema de nossa civilização, de nossa constituição política, de nossa honra, levantai-a tão alto que o Brasil em peso nos atire as bênçãos de reconhecimento e que o mundo declare haveis bem merecido de vosso país. – Confiai sempre em vós, nos vossos chefes, na E...

Filho de Guia Lopes, fugitivo do Paraguai, reencontra o pai

Tendo conseguido escapar do cativeiro no Paraguai a 25 de março de 1867,, consegue alcançar a coluna em marcha para a fronteira, em 11 de abril seguinte, um grupo de brasileiros que haviam sido aprisionados pelo exército de Lopes no início da guerra, entre eles um filho de José Francisco Lopes, o guia da coluna. Ao comandante, coronel Camisão, foi dito que "conseguiram apossar-se de bons cavalos paraguaios, e, como não se iludissem acerca do destino que os aguardava caso fossem novamente capturados, tinham se arriscado a caminhar à noite, e de mata em mata, fazendo contínuos rodeios, em direção à fronteira. Atingindo-a felizmente, atravessaram o Apa e depois, deixando à direita a estrada da colônia, subiram ao norte, em direção à estância do Jardim, de onde desceram ao nosso encontro". O reencontro de pai e filho é registrado por Taunay: Anunciou-se neste momento a volta do 17º batalhão que acompanhara o velho Lopes. Era geral o desejo de assistir ao primeiro encontro do ...

Tratado Brasil - Paraguai

Foi assinado, em 6 de abril de 1836, pelos plenipotenciários José Maria Paranhos (foto) do Brasil e José Borges, do Paraguai, tratado que franqueou o rio Paraguai aos navios brasileiros. Quanto à fronteira foi ajustado que ambos os governos “se obrigam a nomear, logo que as circunstâncias o permitam, e dentro do prazo de 6 anos, contados da data desta convenção, seus plenipotenciários a fim de examinarem de novo e ajustarem definitivamente a linha divisória dos dois países”. FONTE : Virgílio Correa Filho,  História de Mato Grosso , Fundação Júlio Campos, Varzea Grande, 1994. (II), página 535.

Morre o ex-deputado Waldomiro Gonçalves

O presidente da Assembleia Legislativa, Junior Mochi (PMDB), lamentou a morte do ex-presidente da Casa de Leis, Valdomiro Alves Gonçalves. O ex-deputado faleceu nesta terça-feira (5/4) vítima de câncer. "É com imenso pesar que recebemos a notícia do falecimento do ex-presidente desta Assembleia Legislativa Valdomiro Gonçalves. Em sua trajetória como homem público, ele sempre demonstrou o mais alto comprometimento com Mato Grosso do Sul. Esta Casa de Leis e os sul-mato-grossenses perdem um homem de inestimável valor. Em nome de toda a Assembleia Legislativa, expresso minhas mais profundas condolências e transmito toda solidariedade à família e aos amigos neste momento tão triste. Que Deus os conforte por esta perda irreparável", declarou Mochi. Valdomiro nasceu no município de Paranaíba, em 10 de novembro de 1935. Formou-se em Direito, foi promotor de Justiça e se elegeu deputado estadual pelo então Mato Grosso uno em 1967 e permaneceu por dois mandatos, sendo preside...