Sob o comando de João Alberto, a vanguarda dos rebeldes deixa o território paraguaio e começa a ganhar o Sul de Mato Grosso em 30 de abril de 1925. Domingos Meirelles é quem melhor conta esta história:
“A maior parte da tropa segue desmontada. O aspecto dos soldados e oficiais é andrajoso; estão todos descalços e quase nus, com a barba e os cabelos longos caídos sobre o peito e os ombros. A coluna é seguida por cerca de 50 mulheres, todas de aspecto miserável, que acompanham os gaúchos desde o Rio Grande.
Os primeiros combates realizados em Mato Grosso são surpreendentes. A tropa do governo, apesar da superioridade de suas forças, é rapidamente envolvida em Panchita, nas imediações de Ponta Porã, pelos homens de João Alberto. Os gaúchos, que conseguiram bons cavalos na região de Amambai, no sul de Mato Grosso, sentem-se agora retemperados e prontos para enfrentar o inimigo como faziam em seus pagos: atacando-o de surpresa em rápidas e empolgantes cargas de cavalaria.
Em poucas horas, os rebeldes obtiveram vitória fulminante: apoderaram-se de 20 caminhões do Exército e fizeram cerca de 100 prisioneiros. Ao ser informada de que os revolucionários tinham vencido a primeira batalha, a guarnição que defende Ponta Porã se retira da cidade em pânico, abandonando o sistema de trincheiras circulares escavado em volta do quartel. Sentindo-se desamparada e ameaçada pelas histórias de crueldades que o governo espalhara sobre os rebeldes, a população refugia-se na localidade vizinha de Pedro Juan Caballero, pequena vila em território paraguaio, bem em frente a Ponta Porã.
Desguarnecida, Ponta Porã é invadida pelos paraguaios, que saqueiam o quartel do Exército e levam o que pode para Pedro Juan Caballero, com a aquiescência das autoridades locais: móveis, louças, fardas, polainas. A pilhagem só não se estende ao comércio e às casas de família porque os rebeldes ocupam a cidade e expulsam os invasores".
“A maior parte da tropa segue desmontada. O aspecto dos soldados e oficiais é andrajoso; estão todos descalços e quase nus, com a barba e os cabelos longos caídos sobre o peito e os ombros. A coluna é seguida por cerca de 50 mulheres, todas de aspecto miserável, que acompanham os gaúchos desde o Rio Grande.
Os primeiros combates realizados em Mato Grosso são surpreendentes. A tropa do governo, apesar da superioridade de suas forças, é rapidamente envolvida em Panchita, nas imediações de Ponta Porã, pelos homens de João Alberto. Os gaúchos, que conseguiram bons cavalos na região de Amambai, no sul de Mato Grosso, sentem-se agora retemperados e prontos para enfrentar o inimigo como faziam em seus pagos: atacando-o de surpresa em rápidas e empolgantes cargas de cavalaria.
Em poucas horas, os rebeldes obtiveram vitória fulminante: apoderaram-se de 20 caminhões do Exército e fizeram cerca de 100 prisioneiros. Ao ser informada de que os revolucionários tinham vencido a primeira batalha, a guarnição que defende Ponta Porã se retira da cidade em pânico, abandonando o sistema de trincheiras circulares escavado em volta do quartel. Sentindo-se desamparada e ameaçada pelas histórias de crueldades que o governo espalhara sobre os rebeldes, a população refugia-se na localidade vizinha de Pedro Juan Caballero, pequena vila em território paraguaio, bem em frente a Ponta Porã.
Desguarnecida, Ponta Porã é invadida pelos paraguaios, que saqueiam o quartel do Exército e levam o que pode para Pedro Juan Caballero, com a aquiescência das autoridades locais: móveis, louças, fardas, polainas. A pilhagem só não se estende ao comércio e às casas de família porque os rebeldes ocupam a cidade e expulsam os invasores".
FONTE: Domingos Meireles, A noite das grandes fogueiras, Editora Record, Rio, 1995, página 382.
FOTO: reprodução do livro Memória: janela para a História, de Wilson Barbosa Martins.
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