Rebeldes da Coluna Prestes, à frente Siqueira Campos (foto) , ocupam em 17 de janeiro de 1927, a vila de Santana do Paranaíba, em sua passagem para Goiás e estados do Nordeste. A notícia de Paranaíba e das ações dos revoltosos na fazenda Pantano, nas proximidades de Três Lagoas é publicada na Gazeta do Comércio, semanário treslagoense:
"OS REBELDES EM SANTANA - Pessoas vindas de Santana do Paranaíba nos informam que em noite de 17 foi a cidade inopinadamente invadida por um grupo de rebeldes sob o comando de Siqueira Campos, sendo o seu primeiro ato aprisionar a pequena força policial ali destacada e que, depois, foi recolhida à cadeia pública, onde permaneceu longo tempo sem receber alimentação nem água.
Em seguida, dirigindo-se à Coletoria Estadual, Siqueira Campos fez a apreensão do dinheiro existente no cofre - 14:000$000 - e impôs à população um tributo de igual quantia, imediatamente coberto.
Várias requisições ainda foram feitas ao comércio e de posse de tudo o que precisava o grupo rebelde retirou-se de Santana sem haver disparado um tiro ou ter desrespeitado qualquer família.
A pretexto de precisar curar-se de umas feridas que tem nos pés, Siqueira Campos obrigou a acompanhá-lo o farmacêutico, sr. Ptolomeu Margiano Pinto, proprietário da Farmácia Royal.
No Pantano, dez léguas distantes de Três Lagoas, o grupo rebelde apareceu no dia 19 e ali deteve dois autos e um caminhão particulares idos desta cidade, sendo que um conduzia malas de correspondência para Santana.
Esta foi logo devassada pelo estado-maior revoltoso e em grande parte destruída ou jogada fora. Os autos foram danificados a golpes de machado. Somente o caminhão, pertencente ao sr. Manoel Valentim de Oliveira, foi poupado. Siqueira Campos prendeu o fazendeiro do Pantano, sr. José Alves, e o fez seguir como vaqueano do seu grupo que, parece, tomou o rumo de São Paulo.
No seu encalço foram mandadas numerosas forças legais da Coluna Mariante.
Pelo exposto verifica-se não ter fundamento a notícia que dá Siqueira Campos às portas de Cuiabá.
Acrescentam os nossos informantes que os rebeldes são quase todos rapazes jovens e andam bem montados, armados e municiados, além do que prestam cega obediência ao seu chefe".
FONTE: Gazeta do Comércio (Três Lagoas), 23 de janeiro de 1927.
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