Em sua viagem de exploração ao Pantanal, o navegador espanhol Alvar Nuñes Cabeza de Vaca alcança a foz do rio Negro:
No dia 25 de outubro o adelantado chegou com seus bergantins a uma parte em que o rio se dividia em três braços. Um dos braços era uma grande lagoa, mas que os índios chamam de rio N
egro. Este rio corre para o norte, terra adentro. Os outros braços são de boa cor e pouco mais abaixo vão se encontrar.
O adelantado mandou colocar muitos sinais na boca do rio, com árvores cortadas e mais três cruzes bem altas, para que servissem de indicação para os outros nativos que vinham atrás. Continuou navegando a remo durante três dias, ao cabo dos quais saiu daquele rio e foi por outros dois braços que saem da lagoa, tendo chegado à beira de umas serras muito altas e arredondadas como um sino, além de serem avermelhadas e completamente desprovidas de vegetação. Por estas condições, deferindo totalmente das outras serras destas paragens, que são montanhosas e cheias de árvores e vegetação, acredita-se que exista muito metal por ali. Os índios disseram que em outros tempos seus antepassados tiravam dali um metal branco, mas o adelantado não pode constatar a existência ou não do mineral por não levar ferramenta adequada e pela grande enfermidade que deu no pessoal por aquele período. Além disso, entendeu que poderia fazer esta investigação em outra ocasião, porque estas serras ficavam perto do porto dos Reis, vindo por terra.
O adelantado mandou colocar muitos sinais na boca do rio, com árvores cortadas e mais três cruzes bem altas, para que servissem de indicação para os outros nativos que vinham atrás. Continuou navegando a remo durante três dias, ao cabo dos quais saiu daquele rio e foi por outros dois braços que saem da lagoa, tendo chegado à beira de umas serras muito altas e arredondadas como um sino, além de serem avermelhadas e completamente desprovidas de vegetação. Por estas condições, deferindo totalmente das outras serras destas paragens, que são montanhosas e cheias de árvores e vegetação, acredita-se que exista muito metal por ali. Os índios disseram que em outros tempos seus antepassados tiravam dali um metal branco, mas o adelantado não pode constatar a existência ou não do mineral por não levar ferramenta adequada e pela grande enfermidade que deu no pessoal por aquele período. Além disso, entendeu que poderia fazer esta investigação em outra ocasião, porque estas serras ficavam perto do porto dos Reis, vindo por terra.
FONTE: Marco Rossi, Viajantes do Pantanal, Editora Horizonte Verde, Campo Grande, 2002, página 15
IMAGEM: Mário Sergio Lorenzetto, Cabeza de Vaca e os mitos de seu tempo, Fiuza Editora e Comércio de Livros, São Paulo, 2006, foto de capa.
IMAGEM: Mário Sergio Lorenzetto, Cabeza de Vaca e os mitos de seu tempo, Fiuza Editora e Comércio de Livros, São Paulo, 2006, foto de capa.
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