A expedição científica russa, com destino ao Mato Grosso e Amazônia, sob o comando do conde de Langsdorff, chega em 7 de agosto de 1826, ao salto de Urubupungá, no rio Paraná:
Partida do Itapira para o Paraná,1¹/4 légua, e de lá para o salto de Urubupungá, que normalmente se chama Urubupungá (que quer dizer urubu em pé ou empinado). Tão logo chegamos, corremos todos para ver esse belo espetáculo da natureza. Poucos antes de se precipitar no abismo, correndo sobre pedras, o rio de repente se vê espremido e cai com forte estrondo, ora em camadas sobre os degraus formados pelas rochas, ora em perpendicular, transformando essa grande massa de água em poeira e nuvens de água, que enchem a a atmosfera e se espalham numa área de cerca de 10 braças, tal é a força com que são arremessadas. É quase como um vale de águas, para onde convergem, de todos os lados, as águas desse rio caudaloso, formando, no final, um anfiteatro de uma beleza incrível e arrepiante, impossível de se descrever. A terra treme por causa da força da queda. O estrondo compara-se ao de um trovão contínuo.
FONTE: Georg Heinrich Langsdorff, Os diários de Langsdorff, volume 2, Editora Fiocruz, Rio de Janeiro, 1997, página 177.
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