À frente da coluna brasileira que combateria os paraguaios na fronteira, a comissão de engenheiros abre caminho e espera ordens nos Morros, nas proximidades do rio Aquidauana, onde estão os refugiados de Miranda. De lá, o tenente Taunay, integrante da citada comissão, dá notícias ao seu pai no Rio de Janeiro em 4 de junho de 1866:
As contínuas chuvas durante este mês que findou impediram as forças de caminhar para este lado de modo que acabamos de passar ainda mais um mês a esperá-las, depois de ter preparado os meios de transposição do Aquidauana. Três excelentes barcas, que faremos descer até a barranca do rio, ao atravessar formarão uma grande balsa capaz de levar
Decidimos, Lago e eu, realizar a passagem num lugar de tal forma favorável que pequeno corpo de tropa poderá cortar as comunicações entre este ponto e outro onde os inimigos têm 200 homens.
O reconhecimento bastante completo, efetuado com felicidade e sem nenhuma novidade, permitiu-nos avaliar todas as circunstâncias necessárias para que se não tenha o impecilho de algum obstáculo de vulto, como um curso d’água de
Os paraguaios continuam a ocupar diversos pontos do distrito de Miranda e ali fizeram grandes plantações de milho e arroz. Mais de 30.000 cabeças de gado foram transportadas para lá do Apa, somente de uma parte do território invadido, onde se acham alguns infelizes prisioneiros que estão em comunicação conosco. (...)
Acabo de receber notícias as mais agradáveis do rio Negro, distante vinte léguas daqui, onde as forças acamparam.
FONTE: Taunay, Mensário do Jornal do Comércio, Rio de Janeiro, 1943. Página 164
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