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Combate na cabeceira do Apa

Malan D'angrogne, comandante militar de Mato Grosso


A coluna Prestes ataca em 14 de março de 1925, tropas do exército comandadas pelo coronel Bertoldo Klinger, na cabeceira do Apa. É o primeiro confronto entre os rebeldes e as forças legais. O coronel legalista Malan D’Angrogne, comandante da circunscrição militar, em Campo Grande, em econômico relatório, resume o combate:

A 14, dois regimentos rebeldes (Siqueira Campos e João Alberto), com cerca de 300 homens, atacavam ao alvorecer, as posições da Cabeceira do Apa. Envolvendo rapidamente um Pel da 5a Cia do III/3o RI, aprisionavam um 1° Tenente. Mas, detidos por intenso fogo de Mtr. eram repelidos e perseguidos pelo 50° RC. No dia imediato, substituídos ou reforçados, parece que queriam renovar a luta, quando, com suma surpresa, se viram atacados violentamente: abandonando quatro dos nossos homens aprisionados na véspera e aprisionados em Panchito, debandavam perseguidos até Estrela, isto é, por mais de cinco léguas.

A tropa precisava deste sucesso para remontar o moral: a evacuação do quartel a deprimia e o Maj Klinger chegara no momento crítico. As nossas baixas foram de 3 mortos e 5 feridos: embora os rebeldes tivessem procurado levar ou esconder os seus mortos parece haver ultrapassado de 20 o número de suas perdas.



FONTE: General Souto Malan, Uma escolha, um destino (Vida do general Malan D'angrogne), Biblioteca do Exército Editora, Rio de Janeiro, 1977, página 246.

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