Um dos mais cruéis recursos da guerrilha paraguaia durante a retirada da Laguna, foi atear fogo no cerrado, para valer-se da fumaça como trincheira contra os soldados brasileiros, conforme anotou o combatente Taunay em 28 de maio de 1867:
Poucos minutos depois da chegada lançaram os paraguaios fogo ao capim da colina em que se achavam, fogo que, tangido por um violento vento de N, em breve cobriu-nos de espessa fumaça, obrigando-nos a formar um aceiro para impedir a entrada das chamas na área que ocupávamos. – Imediatamente rompeu violenta fuzilaria a que os nossos soldados responderam, apesar de sufocados e quase asfixiados. Com as abertas que as rajadas de vento de quando em quando abriam na fumaça, reconheceu o Batalhão haverem-se aproximado do banhado cento e tantos infantes, os quais, deitados no chão, faziam continuado fogo. – Aproveitando as ocasiões, procuramos ofender ao inimigo, o que conseguimos, pois que, antes da terminação da fumaça, cessaram os tiros da fuzilaria.
FONTE: Taunay, A retirada da Laguna, 14a. edição, Melhoramentos, S.Paulo, 1942, página 172.
FOTO: meramente ilustrativa.
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