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Mostrando postagens de março, 2019

Expedicionários iniciam retirada de Coxim

A comissão de engenheiros da força expedicionária brasileira, estacionada em Coxim, atravessa o rio Taquari em 26 de março de 1866, e inicia a exploração do trecho entre o acampamento e o rio Negro, segundo relato do cadete Taunay, um de seus integrantes: Neste dia tratamos de ganhar a margem esquerda do Taquari com toda nossa bagagem que foi despachada tarde, seguindo depois viagem até o ribeirão Fortaleza; na margem esquerda daquele acampamos por já se tornarem necessários os nossos trabalhos. Bastante elevada em relação à margem oposta, apresentava ela um escoramento devido a efeitos erosivos das águas, de 25 palmos de altura, vedando a passagem mesmo a infantes. Para logo vimos que mais de um dia teríamos de consumir nesse trabalho, à vista do grande corte que tínhamos a fazer, a fim de fornecer aterro para a parte escorada. O resto da tarde foi dedicado ao encabamento da ferramenta. A chuva principiou a incomodar-nos .  FONTE : Taunay,  Em Mato Grosso invadido ...

Decreto autoriza construção da Noroeste do Brasil

Em telegrama encaminhado ao governador Generoso Ponce, o presidente da República, Afonso Pena, comunica a aprovação do projeto da estrada de ferro entre Itapura e Corumbá, em 24 de março de 1908. A notícia é recebida com regozijo pelo governador e destaque da imprensa:   A Estrada de Ferro Noroeste, entre Bauru (SP) e Porto Esperança (MT), foi concluída em 1914. FONTE : Autonomista (Corumbá), em 11 de abril de 1908.

Notícia do fim da guerra

Hermes da Fonseca, autor da boa nova Chega a Cuiabá, procedente de Corumbá, em 23 de março de 1870, o vapor Corumbá, com a notícia da  morte do marechal Francisco Solano Lopes  em 1º de março. A embarcação é portadora ao presidente da província do seguinte ofício: Comando das forças em operações e da Fronteira do Baixo Paraguai, em Corumbá, 15 de março de 1870. - Ilmo. e Exmo. Sr. - por mim e em nome de todos da força de meu comando, me congratulo com V. Exa., e dou meus parabéns pelo feliz sucesso que coroou o heroísmo e os esforços do Império, lavando a mancha do insulto que um louco lhe atirou em face. O patriotismo inexedível e a heróica pertinácia do primeiro brasileiro, S. M. o Imperador, o valor, a sabedoria, a energia do nosso ínclito Marechal Comandante em Chefe, S. Alteza o Senhor Príncipe Conde d'Eu; a incansável atividade, a resignação do bravo general José Antônio Correa da Câmara e dos seus comandados, concluindo com o monstro sanguinário que assombrou a hum...

Rondon e as ruínas de Xerez

De sua viagem de Coxim a Rio Negro e Aquidauana, às margens do rio Aquidauana, a comissão Rondon alcança em 20 de março de 1902, local que acredita guardar marcas de Santiago de Xerez , conforme anotação do sertanista em seu diário: Passamos pelo local onde deve ter sido  Xerez , fundada pelos espanhóis e depois abandonada, por terem estes sido expulsos pelos paulistas e pelos portugueses, vindo a desaparecer, com o correr do tempo, a cidade que talvez tivesse encerrado grandes riquezas acumuladas pelos jesuítas. Daí a lenda de que, não podendo levar seus tesouros, deixaram-nos enterrados junto ao córrego, inclusive um grande Cristo de ouro, em tamanho natural. Na serra próxima se encontrava ouro, em um veeiro antigamente explorado. FONTE : Esther de Viveiros,  Rondon conta sua vida , Cooperativa Cultural dos Esperantistas, Rio de Janeiro, 1969, página 150.

Morte do barão de Antonina

Morre aos 93 anos em São Paulo, em 18 de março de 1875, João da Silva Machado, o barão de Antonina. Um dos fundadores do Estado do Paraná e senador por esse Estado desde 1854, seu falecimento provocou o maior pendenga jurídica, visando seu riquíssimo virtual espólio fundiário, que abrangia praticamente todo o Sul de Mato Grosso: seus herdeiros contra o Estado. Estes de posse de escrituras, declarações ou de qualquer prova tentando reaver propriedades das quais seu antigo suposto dono em verdade as requereu, mas nunca tomou posse, e o Estado, no governo de Pedro Celestino, atendendo o interesse público e o direito dos atuais proprietários.  A questão Antonina  teria desfecho apenas 25 anos depois com a derrota dos herdeiros do barão na justiça.  FONTE : J. Barbosa Rodrigues,  História de Mato Grosso do Sul , Editora do Escritor, São Paulo, 1985, página 100.

A paixão do guerreiro

A comissão de engenheiros da força expedicionária, à frente das tropas estacionadas em Coxim, completam a subida da serra de Maracaju. O tenente Taunay, integrante do grupo conta como foi a chegada e permanência nos Morros: No dia 11 de março, depois da subida, em extremo pitoresca, da serra de Maracaju, toda cheia de enormes lajes e pedras soltas, subida que descrevi nas Narrativas Militares e em que meu burro Paysandu se portou admiravelmente, chegamos ao alto, ao pouso dos refugiados da vila e do distrito de Miranda, que tinham ali ido ocultar-se desde fins de janeiro de 1865, por ocasião da invasão paraguaia. Chamava-se o local Morros e compunha-se de dois verdadeiros acampamentos, um de João Pacheco de Almeida, em cuja casa nos hospedamos, e outro, a meia légua de distância, conhecido por Chico Dias, velho indiático de alguma influência. Nos morros, onde as forças brasileiras permaneceram até julho, antes de seguirem para Miranda, o jovem Taunay, mantém um romance com "Ant...

Punido comandante fujão

Ato de 3 de março de 1865, do governo da província pune o coronel Carlos Augusto de Oliveira, por ter abandonado Corumbá e sua população, diante da ameaça de invasão paraguaia, ocorrida em 3 de janeiro de 1865: RESOLUÇÃO - O presidente da Província, considerando que o Coronel Carlos Augusto de Oliveira, comandante das armas da mesma Província, não pode mais desempenhar este cargo com provento do serviço público depois do desastroso abandono que fez do importante e florescente ponto de Corumbá sem ter visto o inimigo, inutilizando e desmoralizando assim a força de linha sob seu comando, a qual até hoje anda dispersa e fugitiva por esses pantanais ínvios, por onde se meteu o mesmo comandante das armas com parte dela; e que à vista do seu procedimento é indispensável e urgente a sua substituição por um oficial superior que tenha as qualidades correspondentes a semelhante cargo na tão melindrosa situação presente; resolve, em virtude do artigo 5.§ 8º da lei n° 38 de...

A morte de Solano Lopes

Dá-se em 1º de março de 1870, a última batalha da guerra do Paraguai, da qual participa o marechal Francisco Solano Lopez, em Cerro Corá, às margens do rio Aquidaban, proximidades de Ponta Porã. Tropas comandadas pelo general Câmara travam o decisivo combate do conflito que durou cinco anos. O tenente-coronel Jorge Maia, veterano dessa guerra, dá notícia detalhada dos últimos minutos do presidente Solano Lopez, já ferido no ventre em confronto com tropas do coronel Joca Tavares: Assim, tão gravemente ferido, López desistiu da inútil resistência, e, já no trilho limpo da macega, pelo trânsito, põe o cavalo a meio galope para ganhar o mato, boca da picada, que tinha cerca de 30 m. Foi nessa ocasião que o cabo Lacerda disse aos oficiais:   Foi lanceado na barriga. Tudo isso se passou em poucos minutos. (...) Foi nessa ocasião que chegou o general Câmara e perguntou: Que é do Lopez? E os oficiais do Estado Maior do Coronel Joca Tavares, que ali se achavam, responderam: Entrou aqu...