Na guerra contra o Paraguai, a epidemia de cólera-morbus que dizimava a coluna na retirada da Laguna, acometera em 29 de maio de 1867, o seu comandante-chefe, coronel Carlos Camisão. Taunay revive o drama: A 29 tornou-se evidente que o Coronel morreria. Por vezes vencera o sofrimento aquela dignidade que tanto zelara: ‘Dizem que a água mata, exclamava, dêem-ma, quero morrer!’ Caiu num estado de torpor e sonolência e o corpo cobriu-se-lhe de manchas violáceas. Às sete e meia fez supremo esforço; levantou-se do couro em que estava deitado, apoiou-se sobre o capitão Lago, e perguntou-lhe onde estava a coluna, repetindo ainda que a salvara. Depois, voltando os olhos, já vidrados, para o seu ordenança, exclamou em tom de comando: ‘Salvador! Dê-me a espada e o revólver.’ Procurou afivelar o talim e exatamente nesta ocasião deixou-se rolar no chão murmurando: ‘Façam seguir as forças, que vou descansar.’ E assim expirou. Naquele mesmo dia, com a morte do tenente-coronel Juvêncio Manuel Ca...
Pesquisas do jornalista Sergio Cruz