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Mostrando postagens de fevereiro, 2019

Força brasileira deixa Nioaque

A RETIRADA DA LAGUNA - Composição de Álvaro Marins (Seth) Um mês acampada em Nioaque, depois de longa permanência em Miranda, as forças brasileiras, sob o comando o coronel Camisão, finalmente, iniciam em 25 de janeiro de 1867, a marcha sobre a fronteira paraguaia. O tenente Taunay,economizou palavras para registrar o fato: Arrancou a coluna a 25 de fevereiro de 1867, indo acampar a uma légua da vila, à margem do rio Nioaque. Logo que pudemos, visitamos o comandante. Tinha a barraca sobre um montículo pedregoso, a meio abrigado por palmeiras que tornavam aprazível aquele local. Estava agitado: já para o rancho da tarde faltava gado. FONTE : Taunay,  A retirada da Laguna , 14a. edição, Edições Melhoramentos, S. Paulo, 1942, página 41. Para conhecer outros fatos históricos do dia CLIQUE AQUI.

Frei Mariano, prisioneiro de guerra

Frei Mariano de Bagnaia, pároco de Miranda, que, com outros brasileiros de sua paróquia, se refugiara no Pantanal, retorna ao vilarejo em 22 de fevereiro de 1865, com a intenção de salvar sua igreja. O ensejo de sua prisão é descrito por Taunay no II capítulo de seu livro Retirada da Laguna: A 22 de fevereiro de 1865, deixando Frei Mariano as margens do Salobro, onde se refugiara, ao aproximar-se da invasão, viera, de moto próprio, entregar-se aos paraguaios, no intuito de lhes pedir compaixão para com a desventurada paróquia. Ao chegar à vila, fora-lhe o primeiro cuidado correr à matriz, objeto de sua mais viva solicitude. Desolador espetáculo o esperava: altares derribados, as imagens santas despojadas dos adornos, enfim todas as mostras da profanação. Ao presenciá-lo, dele se apoderou tal sentimento de indignação e de desespero, que não pode dominar-se. Imediatamente e em tom retumbante, à frente do chefe paraguaio e seus comandados, pronunciou solene anátema contra os auto...

O barão foge da guerra

Chega ao Rio, com a família em 21 de fevereiro de 1865, o pecuarista Joaquim José Gomes da Silva, Barão de Vila Maria, proprietário da fazenda Firme, no município de Corumbá. O barão fugia da guerra do Paraguai, que chegara a Corumbá nos primeiros dias desse ano. O Diário do Rio de Janeiro faz o registro: "Chegou ontem a esta corte o sr. Barão de Vila Maria, trazendo 29 dias de viagem de sua fazenda à margem do Paraguai, no distrito de Corumbá. Esta rápida viagem feita pelo sr. barão de Vila Maria, que trouxe consigo sua família, foi determinada não só pelo desejo de vir entender-se com o governo a respeito dos negócios da sua província, como também pela necessidade de salvar-se a si e à sua família. O sr. barão só tem conhecimento das ocorrências havidas entre 26 de dezembro e o dia 3 de janeiro. Confirmam-se as notícias sobre a tomada de Coimbra e sobre a crueldade dos paraguaios. Infelizmente, porém, que reformar o nosso juízo sobre a defesa do forte de Coimbra. Parec...

Totó Paes elege-se governador

Totó Paes, o presidente eleito Em eleição, onde a oposição, liderada pelo senador Generoso Ponce, ausentou-se por força de violenta repressão oficial, são eleitos em 19 de fevereiro de 1903, Antônio Paes de Barros,  Totó Paes , presidente; Pedro Osório, 1o vice-presidente; Antônio Leite de Figueiredo, 2o vice-presidente; e João Batista de Almeida Filho.¹ Para a Assembleia Legislativa foram eleitos José Alves Ribeiro (cel. Jejé), Antonio Gaudie Ley, Amarílio Alves de Almeida,  Antonio Pinto Botelho, Francisco Pinto de Oliveira, Francisco Vieira d'Almeida, Antonio Leite de Figueiredo, Antonio de Souza Albuquerque, Pedro Leite Osório, Pedro Antonio Manoel Bicudo, Felicíssimo José da Silva, Manoel Alves Ribeiro, Pedro Torquato Leite da Rocha, João Antonio Nunes da Cunha, Severo José da Costa e Silva, José Teodoro de Paula, Francisco Mariani Wanderley, Felipe de Brum, Manoel Joaquim dos Santos, Candido Teixeira Cardoso e Pio Rufino. A mesma eleição reelegeu Joaquim Murtinho...

Oposição pede impeachment do governador

Por iniciativa do deputado emedebista Júlio de Castro Pinto (foto), a Assembleia Legislativa em Cuiabá, recebe projeto de resolução decretando o impeachment do governador Pedro Pedrossian: Artigo 1º. – É reconhecido o impedimento do sr. Pedro Pedrossian para exercer o cargo de Governador do Estado, por força do decreto do presidente da República, de 28 de fevereiro de 1967, que o demitiu do cargo de engenheiro nível 22 do quadro da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, do Ministério de Viação e Obras Públicas, por haver, no exercício da Superintendência dessa ferrovia, praticado as faltas graves enumeradas nos números I, VI e X do artigo 209 dessa lei impõe a cláusula ‘a bem do serviço público’ e por haver reincidido nas mesmas faltas no desempenho do governo estadual. Artigo 2º. – Seja convocado o vice-governador do Estado, dr. Lenine de Campos Povoas, para assumir o governo em substituição ao titular impedido, cumprindo-se o que determina o § 4º. do artigo 31, combinado com o n. I ...

A morte de Jânio

Nascido em Campo Grande em  25 de janeiro de 1917 , morre em São Paulo, em 16 de fevereiro de 1992, o ex-presidente Jânio Quadros.  O jornal   Folha de S. Paulo  assim registrou o fato, em sua edição do dia seguinte: Marcelo Coelho SÃO PAULO -  Foi muito triste o fim de Jânio Quadros. Em suas últimas fotografias estava esvaído, inerme, sendo levado de um lado a outro de cadeira de rodas, parecem impor a qualquer comentário uma exigência ainda mais intensa do respeito que é de hábito dedicar aos mortos. As condenações e as críticas a sua presença no quadro político brasileiro foram tão repetidas, e sem dúvida, corretas, que de qualquer modo pareceria inútil, além de mostra de insensibilidade e inconveniência, reproduzi-las aqui. Se Jânio Quadros representou, com especial intensidade, uma real ameaça ao progresso institucional do país, essa ameaça já se havia extinto, pateticamente, com o encerramento de sua carreira política. Sua morte suscita, assi...

Deputado assassinado por irmão

O deputado estadual Armindo Paes de Barros, proprietário da usina Conceição no município de Santo Antonio do Rio Abaixo, próximo a Cuiabá, é assassinado em 14 de fevereiro de 1919, por seu irmão Henrique, com 5 tiros de revólver, quando jantava no restaurante do hotel Royal, em Campo Grande. Armindo havia desembarcado na estação ferroviária e deveria pernoitar na vila, quando foi abruptamente abordado pelo irmão que, após rápido monólogo, sacou a arma e executou o irmão, que não teve tempo de se defender. Os motivos do crime não chegaram a ser devidamente esclarecidos. A ocorrência teve grande repercussão, principalmente em Cuiabá e Santo Antonio, redutos eleitorais da vítima. O Matto-Grosso, jornal oficial do partido celestinista, ao qual o deputado era filiado, traçou o seu perfil: “Moço, elegante, belo como um Apolo e com relevo que lhe dava a reputação duma bravura de herói levada à temeridade, a sua pessoa tinha todas essas qualidades brilhantes que despertam irres...

Abolição da escravatura em Miranda

  Miranda, rua do Carmo, no início do século passado O Clube Emancipador Mirandense em sessão solene de 12 de fevereiro de 1885, declara “completamente livres os escravos da vila de Miranda”. O ato foi reconhecido pela Câmara Municipal que igualmente comemorou o acontecimento, comunicando-o ao juiz de direito, Alcindo Vicente de Magalhães, que então se encontrava em Cuiabá como chefe de polícia da província.  O ato foi registrado na seguinte ata: Aos doze dias do mês de fevereiro do ano de mil oitocentos e oitenta e cinco, nesta vila de Miranda, em o Paço da Câmara Municipal, às sete horas da noite, presentes os senhores Capitão Luiz Generoso da Silva e Albuquerque, Antonio Xavier Castelo, Luiz da Costa Leite Falcão, Francisco Eugênio Moreira Serra, Horácio de Almeida Castro e João Augusto da Costa Leite, além de numerosos concursos de senhoras e cavalheiros, foi pelo presidente Capitão Luiz Generoso da Silva Albuquerque, aberta a sessão. Achando-se presente o Excelentíss...

Uma exposição de ódio

Yporã, vapor paraguaio, palco da exposição macabra Ocorrida em 3 de janeiro de 1865, as primeiras notícias da invasão de Corumbá, com algum grau de credibilidade, passaram a circular pela imprensa brasileira somente a partir do final de janeiro de 1865. Os jornais do Brasil, valendo-se de conexão com a imprensa argentina, passaram a circular com as notícias da guerra em território sul-matogrossense. Numa dessas notícias, o Diário do Rio de Janeiro, em sua edição de 4 de fevereiro de 1865, com informação de  La Nacion , da Argentina, sintetizou a ação do exército paraguaio depois de apoderar-se da vila, entremeando no artigo a macabra informação de uma exposição de orelhas humanas: A invasão de Corumbá foi uma série de feitos escandalosos. O comandante, nomeado para esse ponto, ordenou o saque aos soldados. Todas as casas foram abertas à força bruta, e tudo quanto nelas existia foi conduzido para o quartel, onde em em presença do dito chefe, repartiu-se uma parte pela tro...